O universo de Assassin’s Creed sempre atraiu fãs ávidos pela mistura de história e ficção, mas recentemente, a abordagem da Ubisoft para inclusão e diversidade – ou DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) – tem gerado críticas. Em uma recente declaração, o chefe da franquia, Marc-Alexis Côté, discutiu a visão da empresa para Assassin’s Creed Shadows e as reações adversas que o jogo vem enfrentando devido às políticas de DEI.

Conteúdo
- 1 A Definição de DEI e Sua Influência em Assassin’s Creed Shadows
- 2 Uma História de Diversidade: Assassin’s Creed Sempre Foi “Woke”?
- 3 Côté e a Resistência às Críticas
- 4 Assassin’s Creed: Um Jogo ou Uma Plataforma de Diálogo?
- 5 A Reação de Côté à Polêmica Envolvendo Elon Musk
- 6 O Apelo à Continuidade da Criatividade e à Liberdade de Expressão
- 7 Afinal, Diversidade e Inclusão Estão Comprometendo Assassin’s Creed?
A Definição de DEI e Sua Influência em Assassin’s Creed Shadows
DEI, ou Diversidade, Equidade e Inclusão, é uma abordagem adotada por diversas empresas com o objetivo de promover uma maior diversidade nos ambientes de trabalho e, no caso dos produtos de entretenimento, nas histórias e personagens. No evento do BAFTA, Côté abordou a influência de DEI sobre Assassin’s Creed Shadows e afirmou que a Ubisoft está comprometida em explorar “o espectro completo da história humana” em suas narrativas.

Segundo Côté, Assassin’s Creed sempre buscou refletir a diversidade da humanidade, tanto histórica quanto culturalmente, e Shadows é um exemplo disso, ao trazer figuras históricas e fictícias diversas, como Naoe, uma guerreira japonesa fictícia, e Yasuke, o famoso samurai de origem africana.
“Por exemplo, em Assassin’s Creed Shadows, destacamos figuras, tanto fictícias como Naoe, quanto históricas, como Yasuke. A inclusão de um samurai negro no Japão feudal gerou questões e até controvérsias, mas esse tipo de diversidade é parte da essência do jogo”, afirmou Côté.
Uma História de Diversidade: Assassin’s Creed Sempre Foi “Woke”?
Ao responder às críticas, Côté destacou que a diversidade não é uma ideia nova para a franquia. Desde os primeiros títulos, como Assassin’s Creed 1, que trazia Altaïr, até personagens como Aveline de Grandpré e Ratonhnhaké, protagonistas de outras edições, a série sempre apresentou identidades variadas em suas histórias.

“A história é inerentemente diversa, assim como Assassin’s Creed e as histórias que contamos. Nos comprometemos com a inclusão baseada na autenticidade histórica e respeito às diferentes perspectivas”, declarou Côté.
Ainda assim, muitos fãs expressaram que essa diversidade está sendo forçada, comprometendo a experiência de jogo e afastando a série de sua essência original.
Côté e a Resistência às Críticas

Em um tom mais direto, Côté também enfrentou as críticas sobre as políticas de diversidade, reconhecendo que o processo criativo é impactado pelo clima atual, no qual desenvolvedores sofrem ataques online, sejam eles de críticas genuínas ou motivadas por intolerância.
“Nossos criadores enfrentam um desafio adicional de distinguir entre feedback genuíno e ataques motivados por intolerância. Eles enfrentam mentiras, meias-verdades e ataques pessoais online, o que pode ser devastador para eles. Estou orgulhoso da equipe por se manter fiel à visão criativa”, disse Côté.

Assassin’s Creed: Um Jogo ou Uma Plataforma de Diálogo?
Para Marc-Alexis Côté, Assassin’s Creed vai além do entretenimento e se posiciona como uma plataforma de diálogo e entendimento. Ao escolher personagens como Naoe e Yasuke, a equipe busca “expandir o cenário narrativo e desafiar normas estabelecidas”. Côté defendeu que Assassin’s Creed é uma plataforma para promover reflexões sobre a diversidade e a interconexão de culturas ao longo da história humana, sem deixar de lado a autenticidade.

Ele destacou que o compromisso da Ubisoft é com a inclusão e que isso representa “uma base central da franquia”. Ainda assim, os críticos argumentam que essa abordagem acaba por descaracterizar a essência original do jogo, afastando-o de sua proposta histórica e transformando-o em um veículo de agenda social.
A Reação de Côté à Polêmica Envolvendo Elon Musk

Em meio a essa controvérsia, Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, se manifestou publicamente, afirmando que “DEI mata a arte”. Em resposta, Côté admitiu que a declaração de Musk o afetou profundamente, gerando uma forte reação emocional. O executivo revelou ter utilizado um aplicativo de mindfulness para lidar com o impacto emocional causado pelo comentário de Musk, o que para alguns foi visto como uma reação exagerada, mas que, para Côté, foi necessário.

O Apelo à Continuidade da Criatividade e à Liberdade de Expressão
Em sua fala final, Côté fez um apelo à continuidade da liberdade criativa, incentivando os desenvolvedores a não se autocensurarem. Ele comparou o contexto atual ao livro Como as Democracias Morrem, ressaltando que a liberdade criativa é essencial para que jogos continuem sendo meios de expressão e reflexão.
“Acreditamos que as sociedades abertas são as que sempre prevalecem, e isso ecoa a bravura altruísta de nossos protagonistas de Assassin’s Creed. Precisamos de coragem para contar histórias que realmente importam em um mundo cada vez mais dividido”, concluiu.

Afinal, Diversidade e Inclusão Estão Comprometendo Assassin’s Creed?
No final, Côté reafirmou que o compromisso da Ubisoft com a diversidade e inclusão é uma parte intrínseca da narrativa de Assassin’s Creed, e que ele considera essa inclusão essencial para que o jogo continue repercutindo entre os jogadores de todas as partes do mundo. Para ele, o futuro do entretenimento está justamente em celebrar a pluralidade de perspectivas e experiências humanas.
“Acreditamos que a diversidade e a riqueza da experiência humana são o que ajuda Assassin’s Creed a ressoar com jogadores globalmente, e nosso compromisso com essa base permanecerá firme”, finalizou Côté.



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Fonte: That Park Place